Prezados
amigos.
Salve
Maria!
Esta
semana, a impressa nos deu a conhecer duas notícias sobre o Papa Francisco e
sua igreja conciliar. Trataremos, nesta breve postagem sobre estas duas
notícias. A primeira é que Francisco
conferiu (ou tem conferido) absolvição
no sacramento da penitência, sem penitência. E a segunda é que Francisco
está pensando em criar um diaconato feminino. É isso mesmo! Vamos por
partes:
Existem
coisas que são elementares no conhecimento da Fé Católica e que, qualquer
criança que esteja se preparando para receber a Primeira Comunhão deve saber.
Vamos começar pelo Catecismo de São Pio X:
Por que se dá a este Sacramento o nome de
Penitência?
Dá-se
a este Sacramento o nome de Penitência, porque, para obter o perdão dos pecados,
é necessário detestá-los com arrependimento e porque quem cometeu uma falta deve
sujeitar-se à pena que o Sacerdote impõe.
Quantas são as partes do Sacramento da
Penitência?
As
partes do Sacramento da Penitência são: a contrição, a confissão e a satisfação da parte do pecador,
a absolvição da parte do sacerdote.
Que é a satisfação ou penitência?
A
satisfação ou penitência é a oração ou outra boa obra, que o confessor impõe ao
pecador em expiação dos seus pecados.
Quantas coisas são necessárias para fazer
uma confissão bem feita?
Para
fazer uma boa confissão, são necessárias cinco coisas:
1º
exame de consciência; 2º dor de ter ofendido a Deus; 3º propósito de nunca mais
pecar; 4º acusação dos próprios pecados; 5º satisfação ou penitência.
Que é a satisfação?
A
satisfação, que também se chama penitência sacramental, é um dos atos do
penitente, com o qual ele dá uma certa reparação à justiça divina pelos pecados
cometidos pondo em prática aquelas obras que o confessor lhe impõe.
Porque na confissão se impõe uma
penitência?
Impõe-se
uma penitência porque de ordinário, depois da absolvição sacramental que perdoa
a culpa e a pena eterna, resta uma pena temporal a pagar neste mundo ou no Purgatório.
Só
depois que eu já tinha escrito tudo isso, me lembrei que agora estão
desacreditando o Catecismo de São Pio X... Puxa! Bom, então, recorreremos ao
Catecismo Romano (que até agora não o desacreditaram... até agora...). Mas, o
que pensar daqueles que corrigem até Cristo, Nosso Senhor...? Corrigir São Pio
X é fichinha...
O
Catecismo Romano, confeccionado a mando do Concílio de Trento nos diz que:
“[...]
No Sacramento da Penitência, conforme o definiu o Concílio de Trento há uma
quase-maréria constituída pelos atos do penitente, a saber: contrição,
acusação, e satisfação.” (Conc.
Trid. XIV cap. 3 can. 4)
“[...]
Ora, além da matéria e forma, que ocorrem em todos os Sacramentos, é próprio
deste Sacramento ter também aquelas partes já mencionadas, que constituem, por
assim dizer, a perfeita integridade
da Penitência: contrição, acusação, satisfação.
O
Catecismo continua:
“[...]
Dizemos partes, e nisso seguimos a linguagem comum, porque elas se assemelham a
partes que são necessárias para constituir um todo perfeito.
“[...]
Por isso, tão estreita é a conexão entre estas partes, que o arrependimento
inclui O propósito de confessar e satisfazer;
a contrição e a intenção de
satisfazer precedem à acusação; a satisfação,
afinal, pressupõe as duas outras partes.
“[...]
Podemos, ainda, dar outra argumentação. A Penitência é uma espécie de
compensação dos delitos, nascida da livre vontade do delinqüente, mas sujeita
ao arbítrio de Deus, contra quem se cometeu o pecado. Destarte, não só se
requer a vontade de compensar, o que muito condiz com o caráter do
arrependimento, mas também é necessária a submissão do penitente ao juízo do
sacerdote, que faz as vezes de Deus, para que o mesmo possa determinar uma pena
proporcional à gravidade dos pecados. Dai
deduzimos, claramente, a razão e a necessidade, tanto da acusação, como da
satisfação.
“[...]
A satisfação: Antes de tudo,
devemos explicar qual sentido e extensão se atribui ao termo “satisfação”. Os inimigos da Igreja Católica
tiraram dessa questão amplos pretextos para desavenças e discórdias, com o
máximo prejuízo para a cristandade. Quanto ao sentido que neste lugar
interessa, os teólogos empregam o termo “satisfação”, para designarem a reparação
que o homem presta a Deus, quando lhe tributa alguma coisa pelos pecados
cometidos.
“[...
a satisfação] Como parte integrante
do Sacramento, só podemos considerar aquela que o sacerdote nos manda
prestar a Deus, em reparação dos pecados cometidos, mas com a condição de que
nos decidamos a fugir, a todo o transe, qualquer pecado para o futuro.
Bom,
há muitas coisas no Catecismo Romano sobre a satisfação no Sacramento da
Penitência, que não vou colacionar aqui.
Também
não vou fazer conclusões que qualquer um que tenha bom senso (nem digo boa-fé)
pode fazer sobre estas tais absolvições
do Papa argentino.
Agora,
passemos para a segunda notícia: Diaconato Feminino!!
O
Catecismo de São Pio X nos diz:
Quais são estes graus [do Sacramento da
Ordem]?
Supremo
entre eles é o Episcopado, que contém a plenitude do Sacerdócio; em seguida o
Presbiterado ou Sacerdócio simples; depois o Diaconado e as Ordens que se chamam menores.
Bom,
daí já sabemos que o diaconato faz parte do Sacramento da Ordem. Ó meu Deus! Me
esqueci novamente que o Catecismo de São Pio X já está desacreditado. Então,
vamos a Trento:
“[...]
Devemos ensinar que, na constante tradição da Igreja, todos esses graus de
Ordem perfazem um setenário, e seus nomes são os seguintes: ostiário, leitor, exorcista,
acólito, subdiácono, diácono,
sacerdote.”
Há
quem advogue na tese de que é possível a ordenação diaconal das mulheres e
dizem: O Papa João Paulo II, na Ordinatio
Sacerdotalis diz que não é permitido a ordenação sacerdotal feminina e
não ordenação diaconal. Vejamos: “[...] declaro que a Igreja não tem absolutamente a
faculdade de conferir a ordenação
sacerdotal às mulheres, e que esta sentença deve ser considerada como
definitiva por todos os fiéis da Igreja.” (grifos não contém nos originais)
Bom,
para quem gosta de ambigüidades, pode-se acercar destes textos da igreja
conciliar para se arvorar na defesa do Papa Francisco, entretanto, vejamos o
que diz as Escrituras:
“Pelo
que os Doze, convocando a multidão dos Discípulos disseram: não é justo que nós
deixemos a Palavra de Deus e administremos. Portanto, irmãos, escolhei dentre
vós a sete VARÕES de boa
reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria aos quais encarreguemos
desta obra.” (grifos não contém nos originais – Atos dos Apóstolos VI, 2-3)
“Como
em todas as igrejas dos santos, as mulheres estejam caladas nas assembléias:
não lhes é permitido falar, mas devem estar submissas, como também ordena a
lei.” (I Coríntios XIV,34)
“A
mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Pois não é permitido que a
mulher ensine, nem que tenha o domínio sobre o marido: senão que esteja em
silêncio.” (I Timóteo II,11-12)
É preciso
ressaltar que, se a instituição do Sacramento da Ordem às mulheres fosse
desejável por Cristo, Ele mesmo nos teria ensinado por palavras ou obras. E, se
assim desejasse, o teria feito com a sua Santíssima Mãe. É Deus, Nosso Senhor
quem decide quem é o ministro para a administração dos seus sacramentos, bem
como a matéria. E, conforme é sabido e ressabido, Nosso Senhor não escolheu e
conferiu o Sacramento da Ordem, senão a homens e se Ele, a Sabedoria Encarnada,
assim o fez, quem é Francisco na ordem do dia para dispor diferente?
Todos
nós sabemos que o que se pretende é alçar as mulheres ao Sacramento da Ordem no
grau do sacerdócio (por enquanto), porque, assim se começou com coroinhas
meninas, leitoras, ministras da
eucaristia (nem vou me deter nisso), ministras
das exéquias, e etc. Diz o ditado: Abismo atrai abismo...
Com
relação a ordenação de mulheres, nem tratarei muito, visto que é um assunto
maçante e já pacificado no meio católico através do Magistério Ordinário. Não
vou trazer aqui documentos da Patrística, Suma Teológica para tratar desse
assunto. Se há quem discuta ainda esse assunto, preste atenção se já não saiu
da órbita católica.
Bom,
há diversas declarações funestas prolatadas por Francisco e há quem diga que
Dom Fellay não mais critica os atos dos últimos Papas e se cala, entretanto, o
que tem dito Dom Williamson sobre estas barbaridades?
O que
tem dito Dom Williamson sobre a tal “Amoris Laetitia”? O que tem dito Dom
Williamson sobre o último Sínodo da “Família” (aceitação do divórcio “católico”
express, comunhão para “recasados”,
poli-casamentos e etc)? O que tem dito Dom Williamson sobre a recomendação de
Francisco no uso de contraceptivos para o caso de zika vírus? O que Dom Williamson disse sobre a tal Declaração
Conjunta de Francisco com Kirill? O que tem dito Dom Williamson sobre as comemorações dos 500 anos de
Protestantismo com a participação de Francisco? E sobre o tal “Jubileu da
Misericórdia”? E sobre a benção
conjunta de Francisco, um ortodoxo e um anglicano? E sobre a declaração
estarrecedora de Francisco quando diz que “todos nós somos filhos de Deus”?
Onde está o grande autor anti-liberal?
Onde estava Dom Williamson quando o Papa ordenou que incluísse no rito de
Lava-pés que mulheres também podem participar? O que disse Dom Williamson
quando Francisco, ao ser indagado por uma luterana sobre a recepção ou não da
Sagrada Eucaristia, ele teria respondido “É
um problema que cada um deve responder [para si]”? O que tem dito Dom
Williamson sobre as freqüentes visitas de Francisco a Cuba, Estados Unidos,
ONU...? E o que disse Dom Williamson sobre a tal “Laudato Si”? Será que Francisco não merecia “Comentários Eleisons” sobre
estes disparates? O que aconteceu? Chega!
Pois
é, meus caros, diz a Divina Sabedoria: “Como podes dizer a teu irmão: Deixa-me,
irmão, tirar de teu olho o argueiro, quando tu não vês a trave no teu olho? Hipócrita,
tira primeiro a trave do teu olho e depois enxergarás para tirar o argueiro do
olho de teu irmão.” (São Lucas VI,42).
Não estou, com isso, desculpando Dom Fellay pelas omissões, mas dizer que um
faz e quem acusa também não faz... é, no mínimo, incoerência.
E o
que dizer dos seguidores de Dom Williamson? Houve alguma declaração de Dom
Faure, Dom Tomás e dos padres da dita USML a respeito desses poucos ditos catalogados
do Papa? Não me lembro de ter lido nada a respeito...
Bom,
estes são os frutos, meus amigos, da igreja misteriosamente unida, dos quais e
da qual, nós não queremos tomar parte. E porque não queremos tomar parte?
Simples! Porque “o machado já está posto à raiz das árvores: toda árvore que não produzir bons frutos será cortada e lançada ao fogo.” (São Mateus
III, 10)