“[...] Se vivo um pouco ainda e supondo que daqui a determinado tempo Roma nos chame,
queira voltar a ver-nos, retomar o diálogo, nesse momento seria eu quem imporia
condições. Já não aceitarei estar na situação em que nos encontramos durante os
colóquios. Isso terminou. Eu apresentaria a questão no plano doutrinal:
Estais
de acordo com as grandes encíclicas de todos os papas que vos precederam?
Estais de acordo com a Quanta Cura de Pio IX, com a Immortale
Dei e a Libertas de Leão XIII, com a Pascendi de Pio
X, com a Quas Primas de Pio XI, com a Humani Generis de Pio
XII?
Estais
em plena comunhão com estes papas e com suas afirmações?
Aceitais
ainda o juramento antimodernista? Sois a favor do reinado social de Nosso
Senhor Jesus Cristo? Se não aceitais a doutrina de seus antecessores, é inútil
falarmos. Enquanto não tiverdes aceitado reformar o Concílio considerando a
doutrina destes papas que vos precederam, não há diálogo possível. É inútil.
As
posições ficariam, assim, mais claras.
Não
é algo pequeno o que nos opõe. Não basta que nos seja dito: podem rezar a missa
antiga, mas é necessário aceitar isto. Não, não é somente isso o que nos opõe,
é a doutrina.”
[De
entrevista dada a Fideliter, n. 66, novembro-dezembro de 1988.]
Fonte:
SPES
– Santo Tomás de Aquino
“O
que pode parecer uma concessão não é na realidade senão uma manobra para tirar
de nós o maior número de fiéis. Com esta perspectiva é que parecem conceder,
cada vez um pouco mais e ir mais longe. Mas há que se convencer absolutamente
aos fiéis de que se trata de uma manobra, que é um perigo colocar-se nas mãos
dos bispos conciliares e de Roma modernista. É o maior perigo que ameaça. Se
temos lutado durante 20 anos para evitar os erros conciliares, não é para
colocarmos agora nas mãos de quem os pratica”. (Conferência em 1989)
Somos
“suspensos a divinis” pela Igreja Conciliar e desde a Igreja Conciliar, da qual
não queremos ter parte. (Julho 29 de 1976, Reflexões sobre a Suspensão a
divinis) “Nós não pertencemos a esta religião. Nós pertencemos a religião
antiga, a religião Católica, não a esta religião universal como é chamada
agora. Já não é a religião Católica...” (Sermão de 29 de Junho de 1976).
“Estaria
muito feliz de ser excomungado desta Igreja Conciliar... É uma Igreja que eu
não reconheço. Eu pertenço a Igreja Católica”. (Minute 30 Julho de 1976) (grifos nossos)
“Nós
nunca quisemos pertencer a este sistema que se qualifica a si mesmo de Igreja
Conciliar. Ser excomungado por um decreto de Vossa Eminência... não seria mais
que a prova irrefutável de que não o somos. Não pedimos nada melhor que ser
declarados ex-communione... excluídos da comunhão ímpia com os infiéis”. (Carta
aberta ao Cardeal Gantin, 6 de Julho de 1988 assinada por 24 sacerdotes da
FSSPX)
“Cremos
poder afirmar, atendo-nos à crítica interna e externa do Vaticano II, ou seja,
analisando os textos e estudando os pormenores deste concílio, que este, ao dar
as costas à tradição e romper com a Igreja do passado, é um Concílio
cismático.” (Le Figaro, 4 de agosto de 1976).
“A
Igreja que afirma tais erros é tanto cismática como herética. Esta Igreja Conciliar
portanto, não é católica. (Julho 29 de 1976, Reflexões sobre a Suspensão a
Divinis)
Esta
Reforma, por ter surgido do liberalismo e do modernismo, está completamente
empeçonhada, surge da heresia e acaba na heresia, ainda que todos os seus atos
não sejam formalmente heréticos. É, pois, impossível para todo o católico
consciente e fiel adotar esta reforma e submeter-se a ela de qualquer modo que
seja. A única atitude de fidelidade à Igreja e à doutrina católica, para bem da
nossa salvação, é uma negativa categórica à aceitação da Reforma. (Declaração
de 21 de Novembro de 1974)
Interrogá-los-ei
no plano doutrinal: Estão de acordo com as grandes encíclicas de todos os papas
que vos precederam? Estão de acordo com a Quanta Cura de Pio IX, Immortale Dei
e Libertas de Leão XIII, Pascendi de Pio X, Quas Primas de Pio XI, Humani
Generis de Pio XII? Estão em plena comunhão com esses papas e com suas
afirmações? Aceitais ainda o juramento anti-modernista? São a favor do reino
social de Nosso Senhor Jesus Cristo? Se não aceitam a doutrina de seus
predecessores, é inútil falar. Enquanto não tiverem aceitado reformar o
Concílio considerando a doutrina desses papas, não há diálogo possível. É
inútil dialogar.” (Fideliter, nº 66, novembro de 1988, p. 12-13)
“Então
estamos para ser excomungados por modernistas, por gente que foi condenada por
Papas anteriores. Então o que isso pode fazer realmente? Nós somos condenados
por homens que, eles próprios, estão condenados…” (Conferência de imprensa,
Ecône, 15 de junho de 1988)
“Nós
aderimos de todo o coração e com toda a nossa alma à Roma católica, guardiã da
fé católica e das tradições necessárias à manutenção dessa fé, à Roma eterna,
mestra de sabedoria e de verdade. Pelo contrário, negamo-nos e sempre temos nos
negado a seguir a Roma de tendência neo-modernista e neo-protestante, que se
manifestou claramente no Concílio Vaticano II e, depois do Concílio, em todas
as reformas que dele surgiram.” (declaração de 21 de novembro de 1974)