“Não nascemos, senão, para a
luta!”
Geovanne
Maria Moreira.
Prezados
amigos,
Salve
Maria!
É
com muita tristeza que temos assistido, ultimamente, a queda do sacerdócio
católico à loucura da heresia. Tem aparecido muitos padres expoentes e
devotados de um grande número de fiéis, vomitando inúmeras heresias e os seus
superiores deixando triunfar a impunidade sobre estes crimes contra Deus.
A
Virgem, quando da sua aparição em La Salette, disse aos videntes que “os
livros maus abundarão na Terra”. Não
bastassem as dezenas e centenas de livros escritos recheados de heresias e
gnoses, agora, com a evolução da internet, superlotaram de vídeos de alguns padres negando explicitamente Dogmas
Católicos, Doutrinas imperecíveis, decretos aprovados em concílios válidos,
ensinamento de santos e doutores, e etc.
O que dizem os santos?
O
silêncio dos superiores e até mesmo dos fiéis deve-se importar anuência das
heresias proferidas pelos padres/frades/religiosos. São Francisco de Sales nos
adverte que “os inimigos declarados de Deus e da Igreja devem ser difamados
tanto quanto se possa, desde que não se falte à verdade, sendo obra de caridade
gritar: ‘Eis o lobo!’, quando está entre o rebanho ou em qualquer lugar onde seja
encontrado.” [1].
Neste
mesmo diapasão, Santo Inácio de Loyola nos diz que “aos hereges se há de chamar
pelo seu nome, para que produza horror até nomear aos que o são e não se cubra
o veneno mortal com o véu de um nome salutar.” [2]. Pois bem, todos nós sabemos
de cor o nome e o sobrenome dos padres e bispos hereges que empestam as
livrarias com os seus famigerados livros, empestam a internet com os seus nefandos vídeos, entrevistas e etc. e violam
as famílias católicas destruindo-lhes a fé. São Paulo escrevendo a Tito diz:
“com efeito, há muitos insubmissos, charlatães e sedutores, principalmente
entre os da circuncisão. É necessário tapar-lhes a boca porque transtornam
famílias inteiras ensinando o que não convém (…) Portanto, repreende-os severamente,
para que se mantenham sãos na fé”. [3]
Em
alguns canais na internet, quando vídeos heréticos ou mesmo os que proporcionam
a heresia, notamos, para a desgraça das almas, que muitas delas aplaudem,
incentivam, manifestam em favor de tantos hereges, se esquecendo do que Santo
Tomás de Aquino nos ordena: “havendo perigo próximo para a fé, os prelados
devem ser argüidos, até mesmo publicamente, pelos súditos”. [4]
“Não
se deveria tolerar-se vigários com fama de hereges!”[5], diz Santo Inácio de
Loyola, entretanto, quem hoje em dia se lembra destas palavras? Ao que parece é
que, quanto mais herege é o padre ou bispo, mais devotado é o dito.
Infelizmente, hoje se tolera tudo, exceto catolicismo. É sabido muitos casos de
padres que são perseguidos pelos seus superiores e mesmo por fiéis, ao primeiro sinal de catolicismo
do padre. Perseguidos porque dizem contra o Vaticano II e a favor da Igreja de
Deus, perseguidos pelo simples fato de usarem batina, perseguidos por
descortinarem a maçonaria, perseguidos porque não querem (mais) celebrar Missa
no malfadado rito inventado por Paulo VI, enfim, perseguidos pelo simples crime de querer ser católico. Já os
hereges são condecorados com títulos e pompas, presenteados com paróquias afortunadas
e programas em canais de TV, se tornam professores em renomadas Universidades,
e etc.
Aqui
em Betim/MG e em Contagem/MG, cidades da Região Metropolitana de Belo
Horizonte, somos atendidos, graças ao bom Deus pelo padre Ernesto Cardozo que
nos vem administrar os Sacramentos ao menos uma vez por mês. O restante dos
dias do mês ficamos com o Santo Terço ou o Santo Rosário, porque “é preferível
que o rebanho fique sem pastor, do que ter por pastor a um lobo.” [6], diria
Santo Inácio de Loyola.
Muitas
vezes, observando a inércia de muitos católicos e dos superiores dos malfadados
hereges, nos causa uma justa indignação que “não vai contra a natureza da paciência
atacarmos, quando necessário, quem faz o mal; porque, sofrermos com paciência
as injúrias que nos atingem, é digno de louvor; mas, é excesso de impiedade
tolerar pacientemente as injúrias feitas contra Deus.” [7]
Além de não se enraivecerem, aplaudem o pseudo-padre
que ridiculariza a devoção à Virgem Maria e escarnece os objetos de devoção.
Também são culpados, estes que endeusam os hereges e despreza a Igreja de Deus.
São João Crisóstomo nos ensina que “só aquele que
se enraivece sem motivo se torna culpado; quem se enraivecer por um motivo
justo não tem culpa alguma. Pois, se faltasse a ira, a ciência de Deus não
progrediria, os julgamentos não teriam consistência e os crimes não seriam
reprimidos. Mais ainda: aquele que não se enraivecer quando a razão o exige,
comete um pecado grave; pois a paciência não regulada pela razão propaga os vícios,
favorece as negligências e leva ao mal, não somente os maus, mas sobretudo os
bons”.[8]
Um
fato pessoal: Certo dia, comparando um famoso pseudo-padre-pregador-católico à figura de Martin Lutero, vários
amantes da Revolução Carismática “católica” me execraram e me apelidou de “filho
do demônio”, dizendo, com o seu mimimi
carismatóide de que não se podia falar
mal dos escolhidos de “Maria” (sic!).
O que diriam à Santa Catarina de Sena que chamava maus sacerdotes de “demônios
encarnados” [9]?
Enquanto
que os hereges hoje são devotados e condecorados, São Jerônimo os tinha como
inimigos pessoais. Dizia o santo: “ser-me-á suficiente responder que jamais
poupei os hereges e que empreguei todo meu zelo em fazer dos inimigos da Igreja
meus inimigos pessoais”. [10]
Infelizmente
não tem quem os puna. Infelizmente não há quem os fiscalize. Não há mais
sensores, os livros não passam mais pela censura eclesiástica, escreve-se tudo
o que quiser e, pelo simples fato de o autor ser supostamente padre, acredita-se tratar de um livro religioso,
doutrinário ou apologético. Santo Agostinho dizia que “se descuidares de
corrigir, te tornas pior que aquele que pecou” [11]. Os superiores e mesmo os
leigos que seguem estes falsos Cristos e estes falsos profetas tem culpa ainda maior
na propagação das heresias proferidas por eles.
O que diz a Sagrada Escritura?
A Sagrada Escritura muitas e muitas
vezes nos adverte da corrupção do Clero.
Nosso Senhor, certa vez, disse que “é
do coração que provêm os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as
impurezas, os furtos, os falsos testemunhos, as calúnias”[12].
O Profeta Oseias, no capítulo IV do
seu livro narra precisamente os males que os maus sacerdotes fizeram com o
povo:
“(...)
o Senhor está em litígio com os habitantes da terra. Não há sinceridade nem
bondade, nem conhecimento de Deus na terra. Juram falso, assassinam, roubam,
cometem adultério, usam de violência e acumulam homicídio sobre homicídio. Por
isso, a terra está de luto e todos os seus habitantes perecem; os animais
selvagens, as aves do céu, e até mesmo os peixes do mar desaparecem. Entretanto,
ninguém poderá acusar o povo, nem o repreender, mas eu censuro a ti, ó
sacerdote. Tu tropeçarás em pleno dia, assim como o profeta durante a noite.
Far-te-ei perecer, porque meu povo se perde por falta de conhecimento; por
teres rejeitado a instrução, excluir-te-ei de meu sacerdócio; já que esqueceste
a lei de teu Deus, também eu me esquecerei dos teus filhos.”
Veja
que Deus, pelo profeta, nos diz que os males que o povo comete é culpa dos maus
sacerdotes e os censura. Quando os sacerdotes se esquecem da Lei de Deus, da
Santa Tradição, a Verdadeira Doutrina e dos Sacramentos instituídos, Deus
também se esquece do povo e dos sacerdotes. Mas, não nos pareceria injustiça
Deus se esquecer do povo, haja vista que foram os sacerdotes quem violaram a
Lei de Deus? Não o é. Os sacerdotes, ao se esquecerem dos preceitos divinos e o
povo não os resiste ou não os reprime é tão cúmplice quanto os maus sacerdotes.
Estamos vendo uma leva de sacerdotes
heréticos que, ao vomitarem suas heresias deveriam causar espanto no povo, mas,
o inverso: o povo os aplaude, o povo os patrocina, o povo os devota e por isso,
os fiéis tem culpa também na corrupção clerical. Quando há resistência à esta
onda dos inimigos de Deus (Sim! Muitos se comportam como inimigos de Deus!) os
fiéis rotulam os resistentes de hereges,
cismáticos e rebeldes e por isso
(parece que) Deus se esqueceu dos fiéis nos últimos anos.
Continua o capítulo IV do livro do
profeta Oseias:
Quanto
mais se multiplicaram, mais pecaram contra mim, transformaram em infâmia o que
era a sua glória. Eles se nutrem do pecado de meu povo, e são ávidos de suas
iniqüidades. O sacerdote será tratado como o povo. Castigá-lo-ei pelo seu
comportamento. Tratá-lo-ei segundo as suas obras.
O sacerdócio católico hoje,
humanamente está arruinado! Os padres se espelham nos piores para reproduzir
suas infâmias. Tudo o que há de ruim entre os pagãos, os sacerdotes copiaram:
Balada católica, barzinho de Jesus,
Carnaval de Jesus, músicas profanas, bailes, cristotecas (para não dizer Diabotecas), Missas de diversos segmentos: Conga, Sertaneja, Carismática, de
cura e libertação, Jovem, com palhaços, bruxos, Maçônica, e etc.
Hoje os padres querem ser tratados
como qualquer um do povo. Abandonaram suas vestes talares, abandonaram as
leituras santas, os ofícios divinos, abdicaram da Missa Católica para oficiar
uma Missa maçônica e protestante. Hoje ninguém mais faz distinção entre um
padre e um ministro da eucaristia
que, muitas vezes, vive mais piedosamente que o padre da sua paróquia. Longe de
querer legitimar este trabalho (dos ditos
ministros), mas muitos deles levam uma vida mais reta que muitos padres.
Continua o profeta:
Comerão, mas não hão de saciar-se;
prostituir-se-ão, mas não hão de multiplicar-se, porque abandonaram o culto do
Senhor. O mau proceder, o vinho e o mosto abafam a razão. Meu povo consulta o
seu pedaço de pau, e o seu cajado lhe faz revelações, porque o espírito de
infidelidade o perde e eles se prostituem, afastando-se de seu Deus.
As causas dos castigos, o profeta
deixa bem claro: “porque abandonaram o
culto do Senhor”. Não quero me prender a falar sobre Missa Nova, Missa de
Sempre e etc. porque penso que este assunto já está sacramentado. Pontuarei,
apenas, sobre a questão da obediência.
Me perguntaram, outro dia, o que o padre pode fazer, haja vista que a ordem vem de cima para baixo. A questão
não é a autoridade quem manda e sim o que esta (suposta) autoridade manda.
Ordenar que um padre celebre uma missa num rito maçom e protestante, esta ordem
não pode ser seguida, independente de quem mande. São Paulo, escrevendo aos
Gálatas [13] nos diz que se ele
procurasse agradar aos homens, ele não seria servo de Deus.
O livro do Profeta Jeremias [14] nos diz o seguinte:
Quando
esse povo ou algum profeta ou sacerdote vier perguntar-te: Qual o novo fardo do
Senhor que anuncias? dir-lhe-ás: Fardo? És tu esse fardo, e dele me alijarei -
oráculo do Senhor.
Os padres modernos, modernistas são
este fardo nas costas do povo que, por muitas vezes, tenta se descarregar,
entretanto, sob ameaças de excomunhão
o povo não se afasta do clero corrompido.
Vale lembrar que as excomunhões
hodiernamente somente se aplicam aos fiéis à tradição católica. Aos hereges,
mitras, barretes cardinalícios, e trono petrino.
O que diz a Virgem?
Em 1.846, numa das aparições mais
marcantes da Virgem, em La Salette (na França), Nossa Senhora diz à vidente
Melanie:
Os
sacerdotes, ministros de meu Filho, os sacerdotes, por causa da sua vida má,
pelas suas irreverências e pela sua impiedade ao celebrar os santos mistérios,
pelo amor ao dinheiro, o amor às honras e aos prazeres, os sacerdotes
converteram-se em cloacas de impureza. Sim, os sacerdotes provocam a vingança e
a vingança pende sobre suas cabeças.
Ai
dos sacerdotes e pessoas consagradas a Deus que pelas suas infidelidades e más
vidas crucificam meu Filho de novo! Os pecados das pessoas consagradas a Deus
clamam ao Céu e atraem vingança, e eis que a vingança está às suas portas,
porque já não se encontra ninguém para implorar misericórdia e perdão para o
povo. Já não há almas generosas, já não há ninguém digno de oferecer a Vítima
sem mancha ao Eterno, pelo mundo.
Deus
vai castigar de uma maneira sem precedentes. Ai dos habitantes da Terra! Deus
vai esgotar a sua cólera e ninguém poderá fugir a tantos males juntos.
Os
chefes, os condutores do povo de Deus, descuraram a oração e a penitência, e o
demônio obscureceu as suas inteligências. Tornaram-se naquelas estrelas
errantes, que a antiga serpente arrastará com a sua cauda para os fazer
perecer. Deus permitirá que a antiga serpente ponha divisões entre os
soberanos, em todas as sociedades e em todas as famílias. (A humanidade) sofrerá
penas físicas e morais. Deus abandonará os homens a si mesmos e enviará
castigos que se hão de suceder durante mais de trinta e cinco anos.
(...)
Muitos abandonarão a fé, e o número de sacerdotes e religiosos que apostatarão
da religião verdadeira será grande; entre estes haverá até mesmo Bispos.
É inegável que tudo isso que a
Virgem predisse esteja acontecendo nos dias de hoje. Até mesmo, um dos grandes
destruidores da fé católica, Papa João Paulo II, disse que a Igreja hoje
encontra-se em uma apostasia silenciosa
[15].
Em Fátima, a Virgem disse que
haveria uma apostasia na Igreja que começaria do cimo. Nosso Senhor disse: “Hipócritas!
Sabeis distinguir o aspecto do céu e não podeis discernir os sinais dos tempos?”
[16]. E, infelizmente, muitos fiéis são assim. Não sabem ou não querem saber da
crise existente. Ainda na aparição em La Salette, a Virgem disse que a Igreja
teria uma crise medonha.
Nos resta rezar e resistir. Saber
identificar o lobo e advertir os fiéis. Não podemos ficar encima do muro,
devemos tomar partido, afinal, “no inferno, os lugares mais quentes são
reservados àqueles que escolheram a neutralidade em tempo de crise”. Dante
Alighieri
***
Notas:
[1]
São Francisco de Sales, Bispo e Doutor da Igreja, Filotea ou Introdução à Vida
Devota, parte III, cap. 28.
[2]
Santo Inácio de Loyola, Cartas de Sto. Inácio de Loyola III, Edições Loyola,
1993, p. 102.
[3]
Carta de São Paulo a Tito, cap. 1, vers. 10-13.
[4] Sum. Teol. II-II.a, XXXIII, IV, ad2
[5]
Cartas de Sto. Inácio de Loyola III, Edições Loyola, 1993
[6]
Cartas de Sto. Inácio de Loyola III, Edições Loyola, 1993, pag. 101
[7]
São Tomás de Aquino, Suma Teológica, 2a. 2ae., q. 136, a. 4, ad. 3
[8] Hom. XI,
in Nath.
[9]
Diálogo, ed. Paulus, p. 256
[10]
Citado pelo Papa Bento XV (quinze).
Spiritus Paraclitus, nº. 41
[11]
Santo Agostinho citado por Santo Tomás de Aquino. Suma Teológica. Parte II-II,
art. 33, a. 2.
[12]
São Mateus, XV, 19.
[13]
Epístola de São Paulo aos Gálatas, I,10.
[14]
Jeremias XXIII, 33.
[15]
João Paulo II, Ecclesia in Europa, nºs 7 e 9, DC nº 2296, 20/7/2003, p.
671-672.
[16] São Mateus, XVI,4.
[16] São Mateus, XVI,4.